Coluna de Ciências

Você e as ondas gravitacionais: ui!

Ao estender o lençol, pregas e ondas se formarão antes de se acomodar na superfície da cama. O multiverso, um dia chamado universo, é tal qual um lençol na forma de ondas e pregas que nem percebemos mover: são as chamadas ondas gravitacionais.

O tempo é substância abstrata a concretar nossas vidas. Ele pode ser representado por um plano ou linha que é uma sequência de pontos. Um ponto em um local da linha, daqui a pouco, pode se deslocar e ocupar nova posição por ação de fatores externos. Nem percebemos que isto aconteceu, mas os pontos trocaram de lugar! Esta é a teoria da relatividade de Einstein: um ponto pode ocupar, no tempo e espaço, vários lugares diferentes em uma mesma linha.

Nós humanos não conseguíamos entender como um ponto na linha, troca de lugar, se movimenta ou se altera! Uma vida regular ou nossa linha existencial, sem solavancos e aventuras, pode ser a linha A da figura e conseguimos ver apenas o ponto da frente e de trás! As curvas da linha B permite que os pontos das ondas percebam a imensidão da linha ou do plano! Um ponto mais alto na onda, pode enxergar outras curvas, outros pontos, outras fases da vida, ou quiçá, outras vidas! Isto permite até compreender por que alguns pontos, ou vidas, tem vidências, premonições e ou visão mais ampla de futuro e passado. As curvas elevadas, ondas ou fatos da vida nos dão a chance de analisar o todo na amplitude dos horizontes.

O tempo e o espaço podem ser vários planos. Alguns geniais, como Einstein, sacaram o que ainda hoje tentamos provar se tinham razão, 100 anos depois. Nos últimos meses, observatórios captaram as ondas gravitacionais previstas pelo gênio em 1916. De fato elas existem! Cientistas detectaram duas vezes as ondas gravitacionais geradas pela colisão de buracos negros no multiverso e foi publicado no “Physical Review Letters”. Mais uma vez: ele tinha razão!

Dois corpos celestes como planetas enormes ou buracos negros podem se colidir e provocar no multiverso, ondas como as das retas B e C, mas você não percebe! Corpos celestes desde estrelas, planetas, asteroides, cometas e vidas assim podem mudar de posição. Como na linha D, um ponto que estava antes ou atrás na linha, pode trocar sua posição por causa de ondas que se aproximaram e este ponto salta pra uma posição mais anterior. Seriam pontos ou vidas? As ondas gravitacionais permitem entender coisas inimagináveis.

Quando ouvir: - tudo é relativo! Acredite, é mesmo: você é um ser temporal no espaço! Hoje você respira aqui, mas amanhã pode estar em outro lugar diferente: você é ponto na linha, mas a linha pode ser agitada pelos fatos, colisões e coisas que o multiverso nos reserva. Ondas gravitacionais fundamentam o relativo! A realidade muda no tempo e espaço: não comandamos as coisas como pensamos, somos temporais e limitados! Aquiete sua alma e agite sua vida com coisas gostosas e boas para que suas ondas gravitacionais permitam ampliar a visão da linha ou vida. Assim, o seu mar e ondas serão bons, as trocas e mudanças serão com coisas boas. Se o seu mar for ruim, as trocas serão com coisas más, ruins e até piores! Você escolhe as ondas a navegar!

Os artistas parecem menos conectados com a realidade física, suas vidas são linhas onduladas que permitem uma visão mais ampla na arte de viver! Valorizam menos o material, afinal as ondas da vida são de sentimentos e percepções, os bem materiais não aguentam os solavancos das agitações gravitacionais. Os pontos nas linhas e planos multiversais são sensações e energias etéreas que fazem o tempo e o espaço, nelas não tem como colocar tijolos, moedas e baús! Aprendamos.

Ler, pintar, assistir, curtir e refletir te faz leve, mais preparado para pousar em qualquer parte da linha do existir. Nada é por acaso, tudo tem porquê, mas as vezes não percebemos quando estamos fechados em nós mesmos e preocupados só com o ponto da frente e o de trás da linha! As ondas gravitacionais aumentam a compreensão da vida e seus desdobramentos, que seriam aparentemente inesperados! Nós escolhemos onde estamos e quais ondas irão nos mover. Afinal, quem escolhe a praia onde se vai surfar? Que lugar quero ocupar na linha ou no plano da vida?

Reflitamos.